Na verdade, o que se busca com esta atitude é esconder da população o tamanho do problema que vem assolando o Estado de canto a canto. Esta é uma realidade que todo surubinense vem experimentando na pele os seus efeitos.
Enquanto a violência cresce, o governo investe numa quebra de braço com os policiais militares, os quais, lutando por melhores condições de trabalho e valorização profissional vem utilizando, de maneira inteligente, o império da lei para demonstrar ao governo a importância que a categoria tem para a sociedade.
A "Operação Padrão" que foi desencadeada em todo o Estado, inclusive no município de Surubim, com policiais entregando o Programa de Jornada Extra - PJES, e cobrando melhores condições de trabalho, deixou mais vulnerável a sociedade, que passou a contar com menos policiais nas ruas. Apesar de toda essa mobilização do efetivo policial, o governo segue insistindo em afirmar que tudo está sob controle, bem como tem sinalizado com ações que demonstram um mínimo de interesse em atender a demanda apresentada pela Associação dos Cabos e Soldados de Pernambuco.
Enquanto o governo segue nesta briga de ego, valendo-se de todos os meios para esquivar-se da equiparação salarial questionada pelos policiais militares, a população seja da capital ou do sofrido interior encara as consequências.
É preciso que abramos os olhos e percebamos que o momento é difícil, e sobretudo, os gestores devem lançar mão de programas que auxiliem o governo do Estado, no cumprimento desta missão constitucional. A esta altura não é irresponsabilidade afirmar que o Carnaval de Pernambuco está ameaçado, pois a categoria está mais do que insatisfeito com o tratamento que muitos comandantes está adotando.
Assim faz-se necessário muita cautela para que não se ofereça um atrativo para o povo se divertir neste período de carnaval, sem que, em contrapartida, lhes seja oferecia a garantia de uma cidade segura. A polícia está nas ruas, todavia, em quantidade bem menor do que se costuma estar normalmente.
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