sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

UM PACTO QUE SE ESVAZIOU E AMEAÇA A SEGURANÇA DOS MUNICÍPIOS DO INTERIOR

Há dez anos a população de Pernambuco é informada da quantidade diária de homicídios registrados no Estado, uma maneira que a Secretaria de Defesa Social encontrou de demonstrar para a população a queda no número de mortes violentas no Estado. No entanto, os registros dos últimos anos, assim como os números mais recentes forçaram o Governo do Estado a comunicar que esses números não serão mais divulgados.

Na verdade, o que se busca com esta atitude é esconder da população o tamanho do problema que vem assolando o Estado de canto a canto. Esta é uma realidade que todo surubinense vem experimentando na pele os seus efeitos.

Enquanto a violência cresce, o governo investe numa quebra de braço com os policiais militares, os quais, lutando por melhores condições de trabalho e valorização profissional vem utilizando, de maneira inteligente, o império da lei para demonstrar ao governo a importância que a categoria tem para a sociedade.

A "Operação  Padrão" que foi desencadeada em todo o Estado, inclusive no município de Surubim, com policiais entregando o Programa de Jornada Extra - PJES, e cobrando melhores condições de trabalho, deixou mais vulnerável a sociedade, que passou a contar com menos policiais nas ruas. Apesar de toda essa mobilização do efetivo policial, o governo segue insistindo em afirmar que tudo está sob controle, bem como tem sinalizado com ações que demonstram um mínimo de interesse em atender a demanda apresentada pela Associação dos Cabos e Soldados de Pernambuco.

Enquanto o governo segue nesta briga de ego, valendo-se de todos os meios para esquivar-se da equiparação salarial questionada pelos policiais militares, a população seja da capital ou do sofrido interior encara as consequências.

É preciso que abramos os olhos e percebamos que o momento é difícil, e sobretudo, os gestores devem lançar mão de programas que auxiliem o  governo do Estado, no cumprimento desta missão constitucional. A esta altura não é irresponsabilidade afirmar que o Carnaval de Pernambuco está ameaçado, pois a categoria está mais do que insatisfeito com o tratamento que muitos comandantes está adotando.

Assim faz-se necessário muita cautela para que não se ofereça um atrativo para o povo se divertir neste período de carnaval, sem que, em contrapartida, lhes seja oferecia a garantia de uma cidade segura. A polícia está nas ruas, todavia, em quantidade bem menor do que se costuma estar normalmente.

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