Nos
últimos dias tem chamado a atenção o movimento “grevista” de estudantes que estão acampados em
algumas escolas de Curitiba-PR em protesto contra a PEC 241. É perceptível a
forma como esses adolescentes estão sendo influenciados a se mobilizarem de uma
forma que não encontra respaldo nenhum em nossa legislação, utilizando um
espaço público de forma arbitrária.
Há de se questionar porquê
utilizar os estudantes dessa forma? Por que inserir os mesmos neste debate de
uma forma tão desleal? Digo desleal porque outro dia assisti a um vídeo de uma
mãe que estava preocupada com o seu filho e a direção da escola com apoio do
conselho tutelar estava negando o acesso dessa mãe ao filho que se encontrava
acampado no ambiente interno da escola.
Como assim, fazer um
movimento em que os próprios pais não podem ter acesso aos filhos? Afinal o que
vem sendo ensinado nas salas de aulas dessas escolas? É engraçado notar que
alguns professores reclamam da ausência de respeito de alguns alunos pela
pessoa do professor, sentem-se desvalorizados, afrontados (isto de fato vem
acontecendo). Mas, agora, o que dizer desse exemplo que vem sendo dado em
Curitiba?
Quando vejo este tipo
de atitude, chego a pensar qual o tipo de informação eles estão assimilando
dentro da sala de aula, que tipo de doutrina eles estão recebendo além do
conteúdo didático? No meu tempo ensinavam-nos a “amar a pátria” e hoje, que
tipo de relação eles estão aprendendo a ter com as instituições de seu país?
Reprovável este tipo de
protesto, em que inclusive já tem o saldo de um aluno de 16 anos assassinado
dentro de uma escola. Tenho defendido que nossa população precisa ter mais
consciência política e a escola é uma ambiente importante para este processo de
conscientização da população, porém este tipo de educação política que
incentiva adolescentes a se trancafiarem dentro de uma escola, desprovidos de
segurança e ainda por cima sem saber o que significa a sigla PEC, não é o que
de melhor podemos oferecer a nossos adolescentes.
Os ocupantes que estão
envolvidos nesse movimento, quase nada sabem a respeito do tema, não conseguem
expressar uma opinião clara sobre o movimento que estão fazendo, isto fica
evidente em vário vídeos que assisti na internet.
Portanto, que os
acontecimentos de Curitiba nos sirvam de lição para muitos pais, pois nós somos
responsáveis por nossos filhos até o dia em que eles tiverem capacidade de
cuidarem de si próprios, e não é sindicalista nem qualquer professor alienado
que vai tolher sua liberdade de trazer ele de volta pra casa diante de uma
situação dessas.
Foto: Jornal digital Brasil 247