AGITO POLÍTICO NA CIDADE: RESPONSÁVEL PELA TV AGITA 40 E DIRETOR DO BLOCO 40 GRAUS, ESCLARECE POLÊMICA SOBRE POSSÍVEL INSATISFAÇÃO COM A GESTÃO MUNICIPAL.

Foto arquivo pessoal no Faceboock

Nos últimos dias tem circulado nas redes sociais “whatssap” alguns áudios supostamente gravados por Maurício Freitas, diretor do bloco “40 graus” e um dos articuladores da campanha de Ana Célia e Guilherme Nóbrega à prefeitura de Surubim, por meio da “TV agita 40”. Segundo fica evidente nos áudios, Maurício Freitas  estaria um pouco insatisfeito com as oportunidades que algumas secretarias vem oferecendo aos apoiadores de campanha nestes primeiros dias de gestão.

Procurado pelo Nossa Terra Surubim, o mesmo esclareceu que sua insatisfação não tinha nada a ver com a pessoa dele, que tem um emprego junto ao governo do Estado, mas que estaria sim entristecido por ver que outras pessoas que suaram a camisa amarela, não estariam tendo oportunidades, conforme esperado.

Segundo o diretor do bloco 40 graus e responsável pelo perfil no faceboock da "TV agita 40", o que ele esperava para o mesmo já foi resolvido e acrescenta: “eu não trabalhei só, eu trabalhei em grupo, e eu fico muito triste porque tem várias pessoas que também fizeram o que eu fiz, e essas pessoas estão sendo esquecidas”.

O mesmo ainda esclareceu ao blog que “acompanhei a campanha eleitoral desde o começo, todas as cirandas eu filmei e do primeiro ato de campanha ao último ato que foi a posse, a TV agita 40 esteve presente, no entanto, não temos tomado conhecimento das agendas da prefeitura, inclusive ficando de fora de algumas reuniões que foram realizadas e isto nos chateia um pouco”. 

Acrescentou ainda que “deixo claro que não se trata de uma insatisfação com a prefeita, continuo apoiando a gestão, mas algumas coisas precisam ser observadas no secretariado, pois, se denunciei alguma coisa que estava sendo praticada e este mesmo fato continuar acontecendo, por questão de coerência eu não posso ficar calado”.

O episódio da possível ausência de oportunidades a alguns apoiadores da campanha, nos leva a fazer algumas considerações importantes. Em primeiro lugar, é natural que os apoiadores de qualquer campanha, esperem ser reconhecidos em caso de vitória de seus candidatos, infelizmente esta é uma cultura que se implantou em nosso meio e dificilmente será extirpada: a troca de voto por um emprego.

Todavia, é preciso que despertemos para a necessidade de fazer as nossas escolhas a partir do critério de competência para gerir a máquina pública. Quando aderirmos a esta opção, pouco importará quem levantou a bandeira vermelha ou amarela, a azul ou a verde, isto será um mero acaso, e passará a ser apenas uma questão de opinião, com isso ganhará a democracia, mas quando viveremos isto? Talvez nunca.

O jogo que se pratica é medíocre, expõe as pessoas às situações mais vexatórias possíveis, daí as guerras nas redes sociais que perduram até hoje. O enfoque passa a ser os interesses particulares de cada um, e o coletivo, o coletivo que se exploda pois entre a minha e a tua boca melhor que seja alimentada a minha.

Tem-se notícia de que uma verdadeira “romaria” de pessoas seguem para o Palácio Municipal todos os dias para fazer pedido de emprego, em alguns casos até suplicar, tamanha a necessidade. Vivenciamos uma crise na economia que afeta todos os setores, e neste momento, não há muito o que se esperar da gestão municipal, pois o desemprego é grande e a prefeitura não cabe todos os desempregados: isto é um fato.

O problema é que no período de campanha costuma-se prometer muitos empregos, apesar de saber que uma prefeitura não agrega tantos empregos quanto a necessidade de eleitores para se eleger. Nesta matemática a conta tem um resultado um tanto salgado. Assim, deflagrou-se no município a guerra pelo “meu emprego na prefeitura”, e desta forma, conforme previsto, não será possível agradar a gregos e troianos, a realidade é esta.