A culturart realizada pelo Colégio Nossa Senhora do Amparo foi marcada
por momentos de muita emoção e festividade. Porém chamou atenção a preocupação
com o discurso social e cristão que as apresentações artísticas levaram ao
público.
Um dos pontos altos da festividade deve ser atribuído ao discurso feito
em torno do papel da família, um
verdadeiro tributo, àquele modelo de família que a sociedade moderna vem tentando
sufocar. A família cristã deve estar sim, focada no amor ao próximo e no
respeito às diferenças, esta é, inclusive, uma orientação da igreja, que
ninguém seja excluído do amor de Deus.
Porém, é prazeroso ver que com um discurso inclusivo e pós moderno os
alunos do Colégio do Amparo, orientados pelos seus professores deixaram claro
que a família tradicional, é a base da
sociedade e sem seu amor e harmonia estamos fadados ao fracasso, por isso,
mais que tudo, é preciso valorizar e não banalizar.
Refleti durante todos as apresentações e resolvi escrever este texto, já
que este blog também se destina a discussões sobre fatos de nosso contexto
social. Nosso município tem uma juventude vibrante, alegre, comunicativa, foi possível
notar isso nos olhares de todos que se apresentavam no enorme palco.
O reflexo desse vigor deve ser levado para o seio social, pois ali todos
faziam o discurso politicamente correto, mas o questionamento é: seus mestres
estão de fato sendo capazes de fazer com que levem aquele discurso para além
dos portões do colégio?
E seus pais, estão se empenhando para que todas aquelas mensagens sejam
transformadas em testemunhos de vida no cotidiano daqueles jovens e, porque não
dizer, daquelas crianças?
Sabemos que sob os ombros do professor recai uma responsabilidade enorme;
formar bons cidadãos e profissionais comprometidos com a ética não é tarefa
fácil, sobre tudo em uma sociedade em que os pais são cada vez mais omissos.
Lancei ainda o olhar para além daquele ambiente, para a realidade das
escolas públicas, para a infelicidade daqueles que dependem do empenho e da
dedicação de professores muitas vezes desestimulados pela falta de valorização
profissional.
Questiona-se, portanto, qual o papel do Estado e do Município na
formação destes cidadão. Por que assistimos professores mal remunerados, verbas
sendo desviadas, greve de alunos (que muitas vezes não sabem porque estão trancafiados
nas escolas), e tantos outros movimentos em nossa sociedade que só nos trazem
uma conclusão: a sociedade está falindo, por falta de qualidade na educação.
Alguém pode estar dizendo que isto não é nenhuma novidade, sim, não é, e
você o que tem feito para que isso não se perpetue? Nós somos responsáveis
também por aquilo que deixamos de fazer quando podia ser feito.
REFLITAM....
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